Cristiano Chaui



Estudo Cromático - Entre os vários estudos de combinações cromáticas para uma clínica de mastologia, cabem diversas opções, em princípio. Foi por esse motivo que os exercícios iniciais para esse capítulo foram de bolações diversas, talvez meio aleatórias, para depois fazer uma seleção conforme os seguintes parâmetros:
cor A: C:0; M:0; Y:0; K:60

O livro , como o próprio Chesterton diz na introdução, descreve o itinerário da sua evolução intelectual e conversão interior. Usa uma imagem bastante interessante nesse sentido: diz que, como filósofo, sente-se como um navegador inglês, que depois de cometer um ligeiro erro de cálculo em sua rota, veio descobrir a Inglaterra, pensando tratar-se de uma nova ilha dos mares do Sul. E por quê? Porque, sem conhecer em profundidade o cristianismo, fazia filosofia e acreditava estar “inventando a roda”... e descobre que não era bem assim. Diz: “Com todo o ardor juvenil, exauri a voz a proclamar as minhas verdades, mas fui castigado pela maneira mais singular e mais justa: guardei como minhas tais verdades, depois descobri, não que elas não eram verdades, mas, simplesmente, que não eram minhas. Quando pensava estar sozinho, vi-me na ridícula situação de ter todo o Cristianismo a minha volta. (...) O navegador pensou ter sido o primeiro a encontrar a Inglaterra, e eu pensei ter sido o primeiro a encontrar a Europa. Tentei encontrar uma heresia para mim e, quando já lhe tinha dado os últimos retoques, descobri que se tratava da ortodoxia”. Estava dado o nome da obra.
Uma das condições que sir Chesterton enumera para conhecer o mundo tal como é está na verdadeira humildade, coisa que o pensamento moderno – segundo ele – acabou por distorcê-la completamente: “o homem podia duvidar de si, mas não duvidava da verdade. Agora se dá exatamente o contrário”. Exemplifica com um episódio, quando um editor comentou-lhe sobre uma terceira pessoa: “Aquele homem vai longe, porque acredita em si mesmo”. Nesse momento passava um ônibus que se dirigia a um bairro de Londres onde se encontrava o manicômio (Hanwell). Foi quando responde: “Quer que lhe diga onde estão os homens que mais acreditam em si mesmos? Posso muito bem dizer-lhe, pois conheço alguns que têm em si próprios uma colossal confiança, maior do que a de César ou de Napoleão. Sei perfeitamente onde brilha a constante estrela da certeza e do sucesso, e posso conduzi-lo ao trono desses super-homens. Os homens que realmente acreditam em si mesmos estão todos nos hospícios”.
Ainda que devam existir muitas publicações dessa obra – imagino – li uma da Editora LTR. Os dados são os seguintes: Ortodoxia – G.K. Chesterton. Tradução de Cláudia Albuquerque Tavares e apresentação, notas e anexo (muito bons, por sinal) de Ives Gandra da Silva Martins Filho.
Cristiano Chaui
A obra aborda sua infância curtíssima, sendo desde cedo arrimo de família. Depois que seu pai (John Rizzo) abandonou a ela e sua mãe (Mae Rizzo), trabalhou em diversos ofícios e atividades, tendo inclusive que abandonar os estudos durante uma época. Do ponto de vista da fé, teve uma conversão paulatina, mas muito forte, em torno de uma cura extraordinária e um inexplicável sumiço de um acidente mortal. Foi desde então que decidiu entrar para um mosteiro de claretianas.
Desde o seu dia a dia na clausura e as diversas iniciativas por angariar fundos para o mosteiro, até as mais diferentes dificuldades e alegrias interiores são acompanhados por esse autor – Raymond Arroyo –, que fez entrevistas, viagens e pesquisas exaustivas ao longo de três anos... E então, aos 58 anos completos, Madre Angélica chega – por "casualidades" e bons ímpetos – a empreender a sua maior loucura: uma rede de televisão. Em 1981 desafiando toda lógica, transformou a garagem de seu mosteiro em um estúdio de televisão, transmitindo 4 horas diárias a umas 60.000 residências nos Estados Unidos. Desde então, a EWTN começou a expansão nacional e internacional tanto por rádio como por televisão e Internet. Apoiada em uma fé gigante e uma paixão invejável, essa mulher desconsertou muita gente e firmou-se como uma grande carismática. Basta dizer que, boa parte da audiência da EWTN, ao longo de vários anos, foi mantida por um programa encabeçado por ela... e só ela! Incrível!
Bem, é um livro que é bastante difícil transmitir em poucas linhas, pelo seu conteúdo altamente energético, e onde não faltam embates com autoridades e com opositores. O sangue italiano da Rita Rizzo borbulha ao longo das 500 páginas desse livro... Dizia: “Dá-me dez católicos do estilo dos testemunhas de Jeová, e mudarei o mundo”.
Dela o então cardeal Joseph Ratzinger, escreveu em 1999: “ A Madre Angélica conseguiu na América o que outros tentaram sem êxito: fazer chegar seus programas a um número de espectadores que se contam por milhões, representando para a Igreja um foco de fé e de força renovadora”.
Desse livro tirei muitas idéias de empreendedorismo, garra, energia e fé autêntica!... Deixo os dados: Madre Angélica, de Raymond Arroyo, Ed. Palabra, S.A. – Madrid.Cristiano Chaui










